"Hoje acordei para ser feliz, nada menos que isso."

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A Última Viagem...



Era tarde da noite, 
quando o taxista recebeu o chamado. 
Dirigiu-se para a rua e número indicados. 
Tratava-se de um prédio simples, 
com uma única luz acesa no andar térreo. 
Ele pensou, logo, em buzinar e aguardar. 
Mas também pensou que alguém que 
chamasse o táxi, 
tão tarde, 
poderia estar com alguma dificuldade. 
Por isso, saiu do carro, 
foi até a porta e tocou a campainha. 
Ele ouviu som como de algo se arrastando, 
uma voz débil dizer: 
Estou indo. Um momento, por favor. 
uma senhora idosa, pequena, franzina, 
com um vestido estampado, abriu a porta. 
Equilibrava-se em uma bengala, e, 
na outra mão, trazia uma pequena valise. 

Ele olhou para dentro e percebeu que todos os móveis estavam cobertos com lençóis. 
Pode me ajudar com a mala? Disse a senhora. 
Ele apanhou a mala e ajudou a passageira 
a entrar no táxi. Ela forneceu o endereço e pediu: 
Podemos ir pelo centro da cidade? 
Mas o caminho que a senhora sugere é o mais longo?, observou o taxista. 
Não tem importância, afirmou ela, resoluta. 
Não tenho pressa. 
Desejo olhar a cidade, pela última vez. 
Estou indo para um asilo, 
porque não tenho mais família e o médico me 
disse que morrerei breve. 

O taxista, que começara a dar partida, 
desligou o taxímetro, sutilmente. 
Olhou para trás, fixou-a nos olhos e perguntou: 
Aonde mesmo a senhora gostaria de ir? 
E ele a levou até um prédio, na área central da cidade.
Ela mostrou o edifício onde fora ascensorista, 
quando era ainda mocinha. 
Depois, foram a um bairro onde ela morou, 
recém-casada, com seu marido. 
Apontou, mais adiante, o clube onde dançou, 
com seu amor, muitas vezes. 

De vez em quando, 
ela pedia que ele fosse mais devagar ou parasse 
em frente a algum edifício. 
Parecia olhar na escuridão, no vazio. 
Suspirava e olhava. 
Assim, as horas passaram e ela manifestou cansaço: 
Por favor, agora estou pronta. 
Vamos para o asilo. 
Era uma casa cercada de arvoredo e, 
apesar do horário, ela foi recepcionada, 
de forma cordial por dois atendentes. 
Logo mais, já numa cadeira de rodas, 
ela se despediu do taxista. 
Quanto lhe devo? 

Nada, disse ele. É uma cortesia. 
Você tem que ganhar a vida, meu rapaz!
Há outros passageiros, respondeu ele. 
E, sensibilizado, 
inclinou-se e a envolveu em um abraço afetuoso. 
Ela retribuiu com um beijo e palavras de gratidão: 
Você deu a esta velhinha um grande presente. 
Deus o abençoe.
Naquela madrugada, 
o taxista resolveu não mais trabalhar. 
Ficou a cismar: 
E se tivesse, como muitos, 
apenas tocado a buzina duas ou três 
vezes e ido embora? 

E se tivesse recusado a corrida, 
pelo adiantado da hora? 
E se tivesse querido encerrar o turno, 
de forma apressada, para ir para casa? 
Deu-se conta da riqueza que é ser gentil, 
dedicar-se a alguém. 
Dois dias depois, retornou à casa de repouso. 
Desejava saber como estava a sua passageira. 
Ela havia morrido, na noite anterior. 
Por vezes pensamos que grandes momentos 
são motivados por grandes feitos. 
Contudo, existem coisas mínimas que 
representam muito para uma vida. 
O importante é estar atento, 
a fim de não perder essas ricas oportunidades 
de dar felicidade a alguém. 
Mesmo que seja um simples passeio pela cidade, 
uma ida ao cinema, uma volta pelo jardim, 
um bate-papo num final de tarde, 
atender um telefonema na calada da noite. 
Pense nisso! 
E esteja atento para as coisas mínimas, 
os gestos quase insignificantes. 
Eles podem representar, para alguém, 
toda a felicidade.

domingo, 25 de novembro de 2012

O Escorpião...



Um mestre do Oriente viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou. Pela reação de dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo na água e estava se afogando de novo. O mestre tentou tirá-lo novamente e novamente o animal o picou. Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse:
— Desculpe-me, mas você é teimoso! Não entende que todas às vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?
O mestre respondeu:
— A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar.
Então, com a ajuda de uma folha o mestre tirou o escorpião da água e salvou sua vida.


Não mude sua natureza se alguém te faz algum mal; apenas tome precauções. Alguns perseguem a felicidade, outros a criam. Preocupe-se mais com sua consciência do que com a sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, não é problema nosso... é problema deles.




terça-feira, 20 de novembro de 2012

Fernanda Montenegro falando dos Homens...



“Minha Amiga, se Você acha que Homem dá muito trabalho, case-se com uma Mulher e aí Você vai ver o que é Mau Humor!” (Fernanda Montenegro)
Entendo que o modo de vida, os novos costumes e, principalmente, o desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está o “macho” da espécie humana.
Tive apenas 1 exemplar em casa, graças a Deus, que mantive com muito zelo e dedicação num casamento que durou 56 anos de muito amor e companheirismo, (1952-2008) mas, na verdade acredito que era ele quem também me mantinha firme no relacionamento. Portanto,  por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha ‘Salvem os Homens!’
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da masculinidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:
1. Habitat
Homem não pode ser mantido em cativeiro.
Se for engaiolado, fugirá ou morrerá por dentro.
Não há corrente que os prenda e os que se submetem à jaula perdem o seu DNA.
Você jamais terá a posse ou a propriedade de um homem, o que vai prendê-lo a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente, com dedicação, atenção, carinho e amor.
2. Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Homem vive de carinho, comida e bebida. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ele não receber de você vai pegar de outra. Beijos matinais e um ‘eu te amo’ no café da manhã os mantém viçosos, felizes e realizados durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não o deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial. Portanto não se faça de dondoca preguiçosa e fresca. Homem não gosta disso. Ele precisa de companheira autêntica, forte e resolutiva.
3. Carinho
Também faz parte de seu cardápio – homem mal tratado fica vulnerável a rapidamente interessar-se na rua por quem o trata melhor.
Se você quer ter a fidelidade e dedicação de um companheiro completo, trate-o muito bem, caso contrário outra o fará e você só saberá quando não houver mais volta.
4. Respeite a natureza
Você não suporta trabalho em casa? Cerveja? Futebol? Pescaria? Amigos? Baralho?  Carros? Case-se com uma Mulher. Homens são meio folgados por natureza. Desarrumam tudo sem perceber. São durões. Não gostam de telefones. Odeiam discutir a relação. Odeiam shoppings. Enfim, se quiser viver com um homem, prepare-se para isso. Isso é espontâneo e natural.
5. Não anule sua origem
O homem sempre foi o macho provedor da família, portanto é típico valorizar negócios, trabalho, dinheiro, finanças, investimentos, empreendimentos. Entenda tudo isso e apóie.
6. Cérebro masculino não é um mito
Não fuja, aprenda com eles e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com as mulheres, a inteligência não funciona como repelente para os homens.
Não faça sombra sobre ele…
Se você quiser ser uma grande mulher tenha um grande homem ao seu lado, nunca atrás.
Assim, quando ele brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ele estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.
Aceite: A mulher  sábia alimenta os potenciais do parceiro e os utiliza para motivar os próprios. Ela sabe que, preservando e cultivando o seu homem, ela estará salvando a si mesma.
E Minha Amiga, se Você acha que Homem dá muito trabalho, case-se com uma Mulher e aí Você vai ver o que é Mau Humor!
Só tem homem bom quem sabe fazê-lo ser bom!
Eu fiz a minha parte, por isso meu casamento foi intensamente bom e consegui fazer o Fernando muito feliz até o último momento de um enfisema que o levou de mim. Eu fui uma grande mulher ao lado dele, sempre.
Com carinho, Fernanda Montenegro.