Vi uma mulher linda e estranhíssima num canto,
toda de preto, com um clima de tristeza e santidade ao mesmo tempo,
absolutamente incrível […]
Ela é exatamente como os seus livros:
transmite uma sensação estranha,
de uma sabedoria e uma amargura impressionantes.
É lenta e quase não fala.
Tem olhos hipnóticos, quase diabólicos.
E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém,
que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la.
Muita gente deve achá-la antipaticíssima,
mas eu achei linda,
profunda,
estranha,
perigosa.
É impossível sentir-se à vontade perto dela,
não porque sua presença seja desagradável,
mas porque a gente pressente que ela está sempre
sabendo exatamente o que se passa ao seu redor.
Talvez eu esteja fantasiando, sei lá.
Mas a impressão foi fortíssima,
nunca ninguém tinha me perturbado tanto…”
(Caio Fernando Abreu)
adoro as imagens e textos do teu blog.
ResponderExcluirparabens.
bjus