Volúpia...

Na poltrona preta do quarto

Me colocou assim, de quatro...

Queria... E eu também...

Gosto desse jeito, gozo muito assim:

Com movimentos que empurram,

Você, para dentro de mim...

Nesse galope, fica alucinado

Prende os lábios

Numa mordida de prazer

É o tesão do momento

Faz com que você

Modifique o semblante,

Meu delicioso macho,

És o melhor amante...

Nunca tive alguém como você...

Que faz dos meus delírios infinitos,

Em realidade...

Transformando fantasias

Em gostosas brincadeiras,

Onde eu e você, somos os mestres

E vencedores...

Na miscelânea, de sabores e odores...

Gozo delicioso, é o prêmio

Me derreto toda, fico mansa

Quem diria, a loba...

Se torna cordeirinha

Nos teus braços, no teu abraço

Eu me enlaço,

Me prendo nessa cópula:

No coito, que nos transforma

Em um só... Colados, rentes,

A carne roça, suavemente...

Nos beijos, quase nos engolimos

TAMANHA É NOSSA VOLÚPIA!

Nas palavras que diz ao meu ouvido

Me torno tua presa, diz ser eu,

A fêmea desejada,

Por anos, esperada...

Diz também que sou a fêmea completa:

Aquela que nenhum homem resiste,

Faz de mim então, a mais feliz das mulheres...

A fêmea, a loba, a leoa

Que agora te arranha, morde, lambe...

E, em teu gemido de prazer, me mostra

Que sou realmente, quem diz eu ser...

Fátima Abreu