"Minha perplexidade aumenta com meu sentimento de vida...
preciso acordar e cuidar do meu jardim,
mas o sábado não me perdoa;
preciso saborear meu vinho...
ver o azul do céu que finalmente trouxe um dia tépido;
deitado, lembro de poucas e pequenas distâncias...
de nomes ou apenas rostos...
da construção que a vida me deve;
os dias são meros enganos...
me dão, mas não conseguem permanecer com sua falácia saborosa,
aqui, ao alcance da mão,
tenho você que recorda de mim...
inclusive o que não viveu...
Tenho suas entranhas tensas e teu gozo sedento...
Se fecho os olhos (e o faço) ...
saboreio sua traição velada...
sua devassidao que poucos conhecem...
e a nossa que só vive em nós;
em mim e em você...
eu nasci...
eu permaneço...
eu não morri....
Só não quero que seja passado o que apenas aconteceu....
E me acompanha por onde ando ou por onde vejo.....
Sei que não é passado quando fecho os olhos e mergulho...
com apenas uma imagem...
Um rosto;
O teu corpo deitado quando nem imaginavas que serias minha...
Sem saber, também desalinhei teus cabelos...
E por trás do espelho, estava a te esperar...
Só não quero que a chuva apague minha rota...
A chuva foi da semana retrasada...
A chuva apagou as lâmpadas durante o dia,
Mas nosso tempo não deu atenção
às grossas gotas de chuva e a escuridão aparente...
Nossas bocas e nossos dedos percorreram o caminho certo...
Nosso silêncio e palavras disseram o que tinha que se expresso.
Só não quero que me esqueças...
Confesso meu medo; confesso minha solidão...
Sei que sorris quando não estou por perto, mesmo assim,
Queria ser dele participante...Ver teus olhos brilhantes...
Teus olhos...
E tua busca me procurando em qualquer lugar perto de seu coração...
_Monsieur de Valmont_
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